Uma foto minha vestido com o uniforme da Grifinória do Harry Potter

Willian JustenSoftware Engineer

Instrutor na Udemy, escrevo sobre o mundo front end, viagens, vida pessoal e mais.

← Voltar na listagem

Meu ano de 2021

Ano passado já foi complicado para mim, mas esse ano foi ainda mais.

Introdução

Como eu faço todo ano, este post aqui serve para revisitar um pouco de como foi meu ano e até mesmo para analisar minha evolução, de acordo com os anos anteriores. Esses posts de retrospectiva tem sempre um teor muito pessoal porém, o desse ano tem mais do que nunca. Então, se você só se interessa por partes mais "técnicas", veja só a primeira parte dos números do blog/youtube e depois, pode sair. Se você quiser comparar também, seguem aqui os posts dos outros anos:

Sobre músicas, é curioso que eu não consigo lembrar de quase nada muito marcante que ouvi. Como disse logo no subtítulo, esse ano foi bem tumultuado para mim. Então, ficam aqui algumas coisas que me lembro:

  • The Weeknd: ouvi bastante, ainda mais a partir de Outubro quando decidi ir para NY
  • Post Malone: outro que ouvi muito, principalmente no Canadá com meu amigo Marcus
  • Low Hum: um som meio depressivo e experimental, que foi a vibe do meu ano.

Bom, sem mais delongas, vamos ao meu ano. Eu confesso que precisei até que me forçar a lembrar das coisas, porque, sério, esse foi um ano esquecível e, o que lembro, preferia esquecer também.

Blog

Esse ano eu não fiz muitas coisas aqui pelo blog, mas eu migrei do Gatsby para o NextJS, o que deixou o site com uma performance tão boa quanto mas principalmente, melhorou minha developer experience, já que o tempo do build diminuiu muito e até mesmo converter certas coisas.

Apesar dessa migração, eu escrevi pouco e, novamente, as métricas do blog caíram. Notei que a tendência de consumo tem sido muito mais para vídeos mesmo, o que é uma pena, já que eu gosto muito de escrever, além de achar mais prático. Mas não importa, eu continuarei escrevendo nesse blog, mesmo que só eu leia!

Segue abaixo o gráfico do Google Analytics desse ano:

Grafico do Google indicando uma queda de quase 30% de usuarios

Como podemos ver, a queda foi brutal! Talvez também seja a hora de mudar um pouco o formato do meu blog e dos meus conteúdos. Estou usando esse final do ano para pensar os próximos passos, tenho que confessar que não ando lá muito animado, mas vamos que vamos, né.

Canal do YouTube

Eu tinha uma meta humilde de alcançar os 15k inscritos e agora estou com pouco mais de 19k, ajude a pegar os 20k aí. Portanto, posso dizer que a meta foi cumprida, mas num geral, também não foi um ano tão bom em relação ao anterior já que o crescimento foi menor, como podemos ver pelo gráfico abaixo, onde a linha azul representa os números desse ano e a linha roxa, o ano passado.

Grafico indicando que 2020 o crescimento foi maior que 2021

Diria que o grande problema que impactou o crescimento foi a falta de consistência nas postagens. Para crescer no YouTube, é muito importante que você movimente a rede pelo menos 1x por semana e, bom... meu último vídeo foi em Setembro. Antes, também não tinha nenhuma consistência, tendo posts seguidos numa semana e depois, semanas sem nada.

Finalização do curso React Avançado

Em 2020 eu comecei a empreitada do curso de React Avançado, que foi definitivamente o maior curso que já fiz na vida. E o curso foi tão ambicioso e grande que, além de metade de 2020, eu ainda fiquei os 5 primeiros meses de 2021 trabalhando nele sem parar.

Tenho muito orgulho do que eu consegui nesse curso. Além de ter trabalhado muito com o Guilherme Louro na criação do curso e ter o Marcos Oliveira no design do projeto, ainda tiveram participações em alguns espaços, como ajuda do Gabriel Ramos e também do Adeonir Kohl, que é um aluno dos meus cursos.

Mesmo antes de ter finalizado o curso, vários alunos já vinham relatando que haviam conseguido boas posições no mercado de trabalho, seja indo para uma nova empresa ou até mesmo, recebendo promoção. E para mim, esse é o maior objetivo que um educador deve ter: ver o sucesso dos seus alunos.

Mas, é aquilo, com grandes poderes vem grandes responsabilidades. Para fazer um curso tão grande e completo, foram incontáveis noites gravando/editando/codando. Os últimos dois meses eu já estava tão exausto que eu simplesmente queria acabar tudo. Assim que eu finalizei o curso, precisei ficar uns 20 dias fora, porque o corpo já não estava aguentando.

Volta rápida ao trabalho

Como disse ali, eu estava exausto demais com o curso, me dei alguns dias de descanso, mas pouco depois, fui chamado para trabalhar numa empresa com um desafio bastante grande. De início eu não queria ir, exatamente porque eu estava muito cansado e a depressão também estava batendo muito. Mas fui convencido que seria uma boa, até mesmo para me ajudar na depressão e resolvi entrar.

Uma das minhas primeiras atribuições foi buscar profissionais para poder trabalhar no projeto. E para isso, eu sozinho desenvolvi todo o processo seletivo, desde a divulgação, triagem dos currículos, entrevistas iniciais, revisões de código e futura integração ao time. Cheguei até a gravar um vídeo com algumas dicas sobre processo seletivo.

Só por esse processo, você já deve imaginar o quão cansativo foi, mas não teve somente isso. Ao mesmo tempo, eu estava ajudando em toda a nova arquitetura do projeto, estudando sobre as próprias regras de negócio e trabalhando nas decisões estratégicas também. E, é claro que, por estar fazendo tantas coisas e já estando cansado de antes, o corpo simplesmente não aguentou e com isso veio o burnout. Eu preferi me desligar da empresa então, já que continuar ali só iria prejudicar meu quadro, que já estava realmente muito ruim.

Mini viagem e prêmio

Já faço terapia há alguns anos e, durante as sessões, no momento que eu estava muito ruim pelo burnout do trabalho e pela falta de liberdade devido a pandemia, meu psicólogo me recomendou fazer uma viagem curta, nem que fosse para qualquer lugar aqui perto, só para eu poder não tocar em computador e tentar relembrar minhas viagens.

Pensando nisso,resolvi ir para Arraial do Cabo e arredores por 3 semanas. Acabou que passei uma semana e meia em Arraial, 3 dias em Cabo Frio e voltei para casa mais cedo, muito porque a previsão deu que iria só chover (e choveu mesmo) e por problemas pessoais. Eu nunca tinha ido em Arraial e posso dizer que tudo que falam de lá é verdade. É um lugar absurdamente bonito, com uma das águas mais bonitas que já vi no mundo todo. Abaixo vão duas fotos que gostei bastante de lá, mas se quiser, tem várias outras fotos no meu Unsplash.

Foto de drone das ondas da praia, uma agua bem azul e areia clara

Foto de uma ilha num tempo bem sombrio de chuva

Ainda lá mesmo em Cabo Frio, teve um evento do GitHub chamado Nova, que é feito somente para os GitHub Stars. Nesse evento, mostraram tudo que estão fazendo de novo e que pretendem apresentar no evento grande e aberto, o GitHub Universe. Funciona muito como uma preparação para esse evento e, no final, eles também fazem umas premiações.

Numa dessas premiações eu acabei sendo escolhido como Top Teacher 2021! Foi algo bem inesperado para mim, já que tem gente absurdamente boa nesse grupo e, só por fazer parte dele, eu já me sentia premiado.

Foto de um trofeu de gato dourado escrito Top Teacher 2021

Gostaria inclusive de agradecer a todos os meus alunos que estejam lendo esse post, pois esse prêmio é de vocês também.

Término de noivado e decisão de viajar

Logo que voltei da minha mini-viagem tive um outro baque, que foi o término do meu noivado. Ele já vinha sendo muito prejudicado desde o início da pandemia e acabou não funcionando mais. Algumas semanas antes desse ocorrido, meu amigo Marcus Silva estava para se mudar para Vancouver e tinha me convidado para ir lá. Eu disse que num daria, já que minha ex não queria ir para o Canadá de jeito nenhum (não me pergunte,eu não sei o motivo até hoje). Então, pouco depois do término, mandei a seguinte mensagem para o meu amigo:

Eu perguntando se o convite para Vancouver ainda estava de pe e ele dizendo que sim

E foi assim que, em algumas semanas, eu estava preparando mala e indo viajar para NY e Vancouver. Como o Marcus ainda estava para se mudar, arrumar as coisas e ainda iria ter que fazer 14 dias de quarentena porque tomou CoronaVac, eu resolvi dar uma parada em NY, que também era uma cidade que eu sempre fui interessado de visitar.

Viagem para NY

Eu devo escrever um post separado com várias das dicas e coisas que eu aprendi da cidade e que acho que poderão ser super úteis. Mas aqui é só para dar um resuminho de como foi a viagem e o que eu achei dela.

Primeiro eu tenho que falar do meu host do Airbnb. Ele é um Egípcio muito legal, mas parecia que estava sempre ligado no 220v. No primeiro dia que eu cheguei, ele já foi super receptivo comigo e inclusive, perguntou se eu queria jantar com ele porque já era bem tarde. E foi assim até o final da minha viagem. Ele chegou a passear comigo para alguns cantos e tivemos várias noites conversando sobre os significados da vida, propósitos e tudo mais. Apesar de no finalzinho eu já estar ficando um pouco ansioso por ele ser tão agitado, num geral ele foi uma pessoa incrível, que posso dizer que apareceu no meu caminho num momento extremamente oportuno.

Sobre a cidade de NY, eu acho que não teria muitas palavras para descrever. É uma cidade rica em tudo que é tipo de coisas, seja na culinária, na diversidade cultural, na riqueza mesmo, uns prédios absurdos e gente gastando dinheiro como se num houvesse o amanhã! E o transporte em NY? É a coisa mais fácil e ao mesmo tempo mais completa que já vi! Na Europa o sistema de transporte é muito bom, em NY eles conseguiram deixar no mesmo nível ou até melhor!

Eu fiquei 16 dias em NY, andei cerca de 16km por dia, vi praticamente tudo que estava na minha lista principal de coisas (+150 lugares/atividades) e posso dizer seguramente que num vi/fiz nem 5% do que a cidade tem para oferecer. Foi muito bom que a cidade tinha tanto para ver e fazer, pois ela manteve minha cabeça ocupada quase que 100% do tempo, para num ficar pensando no que não deveria. Então, se você tá precisando desligar sua cabeça e só aproveitar o agora, vá para NY.

Lá eu comprei uma câmera nova e também comecei a treinar um tipo de fotografia que eu nem sabia que iria gostar tanto, que é Street Photography. Eu tirei mais de 10 mil fotos de tudo que é tipo de coisa e de muitas pessoas! Pessoas andando na rua, comendo, lendo, bebendo café, pensando na vida, usando celular, rindo, chorando, enfrentando vento, chuva, vento e chuva ao mesmo tempo, enfim, foi uma ótima experiência também. Se quiser ver algumas das fotos, tem nos highlights do meu IG e também pretendo colocar no meu Unsplash assim que eu parar para editar.

Assistir a NBA de perto

Para quem me conhece e até quem não me conhece, mas me segue no twitter e afins, eu sou vidrado em basquete! Eu gosto muito mesmo, de assistir os jogos do meu time e dos outros times, pelo simples fato de amar o esporte. Então, como todo fã, antes mesmo de ir para NY, a primeira coisa que eu fiz foi ver quais jogos que teriam quando eu estivesse lá. E para minha super felicidade, o meu time do coração, que é o Golden State Warriors, iria jogar contra o Brooklyn Nets! Antes que me chame de modinha, torço desde quando o time não ganhava nem de peso morto, então ver meu time de anos atrás ganhando tudo foi demais! Aí tiveram os 2 anos passados bem ruins e esse ano tá com tudo de novo, eu precisava ver de perto.

Em resumo, eu fiz meu amigo Davidson e sua esposa Juliana comparem ingresso para ir assistir comigo. E ainda de forma super aleatória, o Fernando disse que estaria em NY na mesma época e ele, como ex-jogador de basquete, nem precisei insistir muito para aceitar e ir também. O jogo foi um sonho do início ao fim, meu time ganhou bonito, mas mesmo que tivesse perdido de lavada, teria sido incrível igual.

Vancouver e um irmão "mais novo"

Como falei, a ideia toda da viagem, na real, era visitar o Marcus. Portanto, logo após sair de NY eu fui para Vancouver. A primeira coisa que eu quero dizer é que eu até sou bom com mapas e sabia sim que ficava na outra costa e talz, mas orra, num sabia que eram fucking 8h de voo!

Cheguei em Vancouver já tinha passado de meia-noite e quero parabenizar o aeroporto/translado de lá. Tem um trem super simples e mega limpo que funciona até 1-2h da manhã que tu pega e te deixa no centro de Vancouver em menos de 30min. Isso deixou hiper mega fácil de chegar na casa do Marcus. Mas meus elogios ao sistema de transporte de Vancouver param por aí infelizmente. Talvez por eu estar tão acostumado com o sujo porém excelente sistema de metrô de NY, eu esperava um pouco mais de Vancouver. Lá existem 3 linhas de metrô, mas que não são necessariamente conectadas e consequentemente, não são muito fáceis de entender e muito menos do Google Maps escolher a melhor rota. Em resumo, se você quiser ir no eixo aeroporto/downtown vai ser super fácil/rápido, mas se você quiser/precisar desviar mesmo que de leve, vai ter que andar ou pegar ônibus, mas okay.

E por que eu disse ali irmão mais novo? Bom, o Marcus tem praticamente a mesma idade que eu, mas eu estava honestamente tratando ele quase como um irmão mais novo, talvez por eu ter tido um pouco mais de experiência em morar fora e em país frio. Tentei ajudá-lo com coisas básicas, como comprar roupas confortáveis para o frio, até da importancia ter um umidificador de ar para quando se liga o aquecedor em casa. Já peço até desculpas publicamente ao Marcus por ter sido chato nessas coisas, mas sei que além do que agradeceu, ainda vai me agradecer mais depois por isso hahaha

Enfim, nós passamos 15 dias em Vancouver nos divertindo para caramba, seja instalando o sistema de aquecedor no apartamento, ou o Marcus me acordando aos gritos de manhã falando que estava nevando, depois de ficarmos até 3h da manhã acordados, esperando a fucking neve e nada. Eu ainda tive a oportunidade de conhecer pessoalmente dois alunos na viagem, que foram o Zizo Ribeiro e o Gustavo Cardoso.

Não vou me estender muito aqui, até porque também farei um post específico de Vancouver. O que tenho a dizer é que também é uma cidade incrível, mas que definitivamente se tornou ainda melhor pela presença do meu amigo, irmão, Marcus, que foi o motivador da viagem, inclusive. Obrigado por escutar minhas lamentações e me animar na viagem.

Volta e Covid

Bom, a última coisinha do ano, para brindar com chave de ouro esse ano que definitivamente não foi dos melhores, eu acabei contraindo Covid e estou desde então isolado dentro de casa, devo passar meu Natal assim, mas espero que o Ano Novo eu já esteja recuperado.

E o ano que vem?

Bom, se tem uma coisa que esse ano me ensinou é não criar muitos planos, porque senão eu posso me frustrar para caralho. Além disso, viajar mais um pouco e vamos ver, as vezes um emprego novo ou morar num lugar novo? Espero que no final do ano que vem, eu esteja aqui escrevendo como foi um ano de renovação e maravilhoso para mim. Um abraço e vejo vocês ano que vem.